9.5.11

Achado mas perdido

Sempre acordamos, vezenquando, com vontade de jogar todo o passado para trás. Não que ele vivesse, mas sempre ficam guardados objetos que o faz retornar por questão de minutos. É que eu, ultimamente, tenho sentido sede de mudança. Eu gostaria de mudar. Aquela paisagem toda deu-me o sensação de que eu posso tudo que eu quiser. E, o que eu quero é mudar. Se possível, mudaria a casa, gostaria de ser sozinha. E ver gente só de vez em quando.  Porque eu ando muito repulsiva a gente. Pode ser passageiro, mas é o que eu quero agora. Essa situação toda de dependência me deixa frustrada. Nesse final de semana, meu amigo me dizia que nós sempre dependeremos de alguém. Mas eu falo de outra dependência. Acho que depois ele deve ter entendido. Então, hoje e ontem, acordei com a necessidade de mudança. Acho que a primeira e maior mudança foi acordar cedo. Ao chegar do trabalho começo a arrumação querendo perder tudo que fosse achado. E eu sabia que havia um tesouro pra ser encontrado. Guardo agendas desde 2003 e nelas símbolos de vida, amizades, amores...


Eu odeio me sentir sozinha
 e queria te pedir carinho 
quando a boca sentir falta do teu beijo
 e o corpo incendiar de desejo. (2007)



E então, sem a menos dor, folheava as agendas e via tudo que me acontecia no passado. E deu saudade. Mas não a saudade de querer voltar, mas por ter sido bom. E sim, o passado vale muito a pena.
Está tudo no lixo agora. Retirei somente fotos e alguns textos. Foi a última vez que li o quanto eu era ingênua e vivia de amor. Foi a última vez que li minha felicidade colada a de alguém. Foi a última vez que li tuas palavras de amor. Mas não se vá por completo. Eu te tenho aqui no coração, pois grande parte do que sou hoje, foi por ter tido você, meu passado.

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