5.5.11

O interessante é manter o anonimato


Ela chega, senta e percebe que ainda não é hora. Ainda não deu uma da tarde. Então, conforma-se com a espera. É surpreendida com seu chegar adiantado. Ele passa e demora deixando-a com anseio de vê-lo. Desde a última vez, ela espera pelo próximo momento, dia, hora e oportunidade. E, mesmo sendo tão ansiosa, ela consegue esperar pelo dia em que vai vê-lo novamente. Geralmente, sai de lá sem sabê-lo. E se pega impressionada consigo quando percebe o drible que deu na em sua ansiedade, no seu não saber esperar. Sabe nem o nome. 
Finalmente ele retorna e senta em seu lugar. E ela percebe que ele escreve coisas sem sentidos sob um papel em sua mesa só pela velocidade pela qual ele desliza  a caneta no papel.Tantos olhares cruzados e ela não consegue mantê-los por muito tempo. Sempre é a primeira a desviar e fica decepcionada pelas inúmeras vezes em que evitou que algo mudasse só por não ter conseguido fixar um olhar. Acabou-se que, mais uma vez, ela teve que partir, dessa vez, na chuva. E mais uma vez ela sai sem saber seu nome.Mas era tarde, ela tinha que partir. E partiu.

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