9.5.11

A garota que desfilava


Para Nayara


''A garota que desfila", era como imaginávamos. "É ela?",
perguntou quem estava sentada ao meu lado. 
"Sim, é ela sim, certeza", respondi. 

E, então, havia começado a primeira aula daquele ano.

Essas lembranças vêm quando percebemos que o passado nunca

diria que o presente - ou o futuro - seria de tal forma. 

Feita de riso. Sempre ri, mesmo quando falo sério.

Daí que uma risada, nesse caso, pode querer dizer

- ou não querer dizer -  muita coisa. 


Quem diria que teríamos tanto pra rir.
Feita de carinho, de abraço.
"Melhor abraço do mundo", diz-me sempre.
Brinco que diz isso a todo mundo.
Quem diria que daríamos tantos abraços.
Feita de companheirismo. 
É ouvido a quem quer falar. É palavra a quem quer ouvir. 
Quem diria que provaríamos alguma novidade juntos.
Feita de amor. Se entrega, não pensa. 
Nesse ponto, temos muito em comum. 
Não interessa se alguma coisa é rápida, passageira.
O que importa é a intensidade. 
Quem diria que conversaríamos tanto sobre isso.
Quem diria que quem entrava por aquela porta de sala de aula
seria você hoje.


Obrigada, Rennan. Te amo muito! 

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