Para Nayara
''A garota que desfila", era como imaginávamos. "É ela?",
perguntou quem estava sentada ao meu lado.
perguntou quem estava sentada ao meu lado.
"Sim, é ela sim, certeza", respondi.
E, então, havia começado a primeira aula daquele ano.
Essas lembranças vêm quando percebemos que o passado nunca
diria que o presente - ou o futuro - seria de tal forma.
Feita de riso. Sempre ri, mesmo quando falo sério.
Daí que uma risada, nesse caso, pode querer dizer
- ou não querer dizer - muita coisa.
Quem diria que teríamos tanto pra rir.
Feita de carinho, de abraço.
"Melhor abraço do mundo", diz-me sempre.
Brinco que diz isso a todo mundo.
Quem diria que daríamos tantos abraços.
Feita de companheirismo.
É ouvido a quem quer falar. É palavra a quem quer ouvir.
Quem diria que provaríamos alguma novidade juntos.
Feita de amor. Se entrega, não pensa.
Nesse ponto, temos muito em comum.
Não interessa se alguma coisa é rápida, passageira.
O que importa é a intensidade.
Quem diria que conversaríamos tanto sobre isso.
Quem diria que quem entrava por aquela porta de sala de aula
seria você hoje.
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