Redação de férias.

Verão, praia, férias e ausência total do que fazer. Tudo que é muito esperado, com um tempo, deixa de fazer sentido. As férias seriam bem melhores se fossem reduzidas uns dias. No meu caso, estou tendo quase dois meses de férias, já se esgotaram todas as formas de ter o que fazer, e o dinheiro também.

O tédio faz tudo perder a graça. A internet já não é tão legal, é insuportável ficar em casa e só ter atividades domésticas para fazer, nem o namoro fica tão legal e todas as amizades resolvem sumir. Os dias têm se resumido em conversas no MSN, atualizações no Facebook, uma prainha aqui, outra ali e perde-se todo aquele gosto de estar sem atividades. É momento de reflexão. Férias de inicio de ano, para mim, só servem para planejar o ano todo. E pensar na falta que os outros exercem sobre nós, na ausência e nos gestos. Serve também para fortalecer amizades que não esquecem de você, até mesmo nas férias. Falando sempre por mim, passo a exigir mais atenção dos outros, sem deixar de dar. Sinto falta de carinho, de ser especial. Fico querendo que eu seja motivo capaz de fazer alguém fazer algo por mim. Fico pensando nas coisas que se perdem dia-a-dia, nas palavras que vão sumindo mês-a-mês, na simplicidade do gesto que rouba sorrisos só pela intenção. Não basta morar longe, tem que estar sozinho.

Minhas férias não estão me deprimindo, como parece. Estão me amadurecendo.

Janeiro está mais perto do fim e eu ando com uma tal preguiça social, sintoma de quem prefere ficar só. Mas eu não prefiro, não agora. Não enquanto escrevo esse texto...